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.� nesse contexto que surge a melancólica figura do sociólogo profissional,que passa a desenvolver as suas atividades de corre��o da ordem, adotandouma atitude cient�fica "neutra" e "objetiva".Na verdade, a institucionaliza��o dasociologia como profiss�o e do sociólogo como "um t�cnico", um "profissionalcomo outro qualquer", foi realizada a partir da promessa de rentabilidade einstrumentabilidade que os sociólogos passaram a oferecer a seus46 empregadores potenciais, como o Estado moderno, as grandes empresasprivadas e os diversos organismos internacionais empenhados na conserva��oda ordem em escala mundial.A universidade foi, em diversos pa�ses capitalistas, tanto nas na��escentrais como nas perif�ricas, abandonando um relativo isolamento em face doEstado moderno e das imensas organiza��es econ�micas para vincular-seestreitamente aos centros do poder econ�mico e �s suas necessidades depreserva��o.Diante disso, a sociologia j� n�o pode mais ser considerada comoum simples aspecto do mundo universit�rio.V�rios professores passaram acolaborar leal e decididamente com os diferentes órg�os estatais e empresasprivadas.O envolvimento de diversos cientistas sociais e sociólogos comconflitos como o do Vietn� e projetos que visavam a estudar os movimentosrevolucion�rios de diversas na��es latino-americanas foi, em passado recente,fartamente denunciado por sociólogos que ainda mant�m uma posi��o de cr�ticae de independ�ncia intelectual.A profissionaliza��o da sociologia, orientada para legitimar os interessesdominantes, constituiu campo f�rtil para uma classe m�dia intelectualizadaascender socialmente.A profissionaliza��o do sociólogo, moldada por estalógica de domina��o, acarretou-lhe, via de regra, a sua convers�o emassalariado intelectual e a domestica��o do seu trabalho.O m�todo de investiga��o funcionalista, que durante os �ltimos trinta anosdominou uma parte consider�vel do pensamento teórico na sociologia emdiversos pa�ses, constitu�a uma outra dimens�o importante na guinada destadisciplina rumo a posturas conservadoras.Sem negar o valor de algumasdescobertas teóricas proporcionadas pela explica��o funcionalista, eladesempenhou papel destacado na escalada dos usos conservadores dasci�ncias sociais.Dos fundadores deste m�todo de investiga��o aos seus atuaisseguidores, independentemente das nuances por ele assumidas entre os seusadeptos, prevaleceu a preocupa��o com o problema da ordem social.Como �poss�vel a ordem social? Talvez seja essa interroga��o que tenha unido homenscomo Durkheim, Malinowski, Radcliffe-Brown, Talcott Parsons e muitos outros.O pensamento conservador, representado por figuras como de Bonald,Maistre, Burke e outros, tamb�m havia, como vimos anteriormente, centrado assuas aten��es sobre a quest�o da ordem social e dos mecanismos que a47 tornam poss�vel.Os diferentes matizes do m�todo funcionalista preservavamesta preocupa��o com a elucida��o das condi��es de funcionamento e decontinuidade dos sistemas sociais.Com essa perspectiva, analisaram acontribui��o que determinadas institui��es culturais forneciam para amanuten��o da solidariedade social e a import�ncia dos valores e dasorienta��es culturais para a integra��o da vida social.Um funcionalista convicto - Robert Mertom sublinhou os excessos dealgumas an�lises funcionalistas que consideram a sociedade como algocoerente e organizado, bastante organizado.Isso, para ele, al�m de ser abusivo,n�o possui muito sentido, ao pressupor que toda institui��o cultural ou socialcontribua de forma positiva para o ajustamento de uma determinada sociedade.Assinala ele que nem todos os elementos culturais ou sociais contribuem para oequil�brio social, pois alguns deles podem ter conseq��ncias inc�modas parauma certa sociedade, dificultando o "bom funcionamento" de sua ordem.Por mais que alguns sociólogos procurem "corrigir" os excessos dofuncionalismo e defend�-lo das persistentes acusa��es de ser ele uma ideologiaconservadora, os trabalhos orientados por esta abordagem ao que tudo indica,jamais colocaram em quest�o a validade da ordem estabelecida, tomandoimplicitamente uma posi��o francamente favor�vel � sua preserva��o eaperfei�oamento.No entanto, v�rios sociólogos t�m manifestado uma posi��o de cr�tica equestionamento � produ��o de uma sociologia comprometida com apreserva��o da ordem, seja ao n�vel de suas t�cnicas e m�todos deinvestiga��o, seja ao n�vel da pr�tica profissional.Pensadores como WrightMills, Alvin Gouldner, Lucien Goldman, Martin Nicolaus e v�rios outros, t�mrealizado uma penetrante avalia��o das rela��es entre a sociologia e asrela��es dominantes.Ao lado de uma sociologia que estendeu suas m�os ao poder, n�o se podedeixar de mencionar as importantes contribui��es proporcionadas por umasociologia orientada por uma perspectiva critica.Em boa medida, esta sociologiatem permitido a compreens�o da sociedade capitalista atual, das suas pol�ticasde domina��o e dos processos históricos que buscam alterar a sua ordemexistente.Tanto nos pa�ses centrais do capitalismo como nos perif�ricos, t�msurgido novas gera��es de cientistas sociais que procuram realizar com seus48 trabalhos uma aut�ntica critica da domina��o burguesa, buscando combinar aaltera��o da ordem com a sua explica��o.Vimos anteriormente que a sociologia encontrou sua voca��o critica natradi��o do pensamento socialista, que tem analisado a sociedade capitalistacomo um acontecimento histórico transitório e passageiro.S�o os autorescl�ssicos e as novas express�es do pensamento socialista que t�m colocado asociologia em contato com os processos de transforma��o da sociedade.Pensadores como Korsh, Luk�cs e os pesquisadores do Instituto dePesquisa Social de Frankfurt, como Adorno, Horkheimer, Marcuse, forneceramuma importante contribui��o ao estudo cr�tico da sociologia e da sociedadecapitalista.Em geral, estes pensadores rejeitaram a id�ia do marxismo comoci�ncia positiva da sociedade, ou seja, como "Sociologia", tal como esta ci�nciafora imaginada pelo positivismo.Luk�cs, em seu trabalho "História eConsci�ncia de Classe", concebeu o marxismo como uma "filosofia cr�tica" queexpressava a vis�o de mundo do proletariado revolucion�rio [ Pobierz całość w formacie PDF ]

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